28 de novembro de 2011

Inércia ou "o que te move?"



     Me inscrevi em um concurso. Provavelmente farei muitos ainda. Não tenho uma auto estima razoável o suficiente para dizer que tenho certeza de algo. A única coisa que sei é: não quero fazer aquilo o resto de minha vida, como pensam muitos.


     O profissional chamado concursado é um indivíduo que permanece ligado ao órgão público independente do sistema partidário temporário instalado. Paralelamente ocorre uma aura dourada da estabilidade, como se fosse impossível exonerar um servidor público.


     De tudo isso, o único prazer que teria em ser funcionário público provavelmente seria de orientação política. Afinal, suportar uma série de acordos diplomáticos com energúmenos por vantagens políticas não se faz necessário quando se está afastado deste meio. Ou seja, gostaria de exercer uma profissão distante da política.


     Ouvi hoje de um digníssimo colega de profissão, que nunca deixou de transparecer a opinião sobre seus semelhantes, uma frase que colabora com minha ideia aqui. Da incapacidade da maioria de dedicar-se e mudar. O que vem de encontro com o que já presenciei, da incapacidade de parte da população ter prazer em aprender. Com isso, muitos professores concursados fazem o máximo de graduações para galgarem o topo da faixa salarial.


     Dinheiro não fala. Mas, infelizmente, controla muitos profissionais. Como ouvi outro dia, não precisamos fazer nada totalmente por ideal assim como não fazer totalmente por dinheiro. O problema é que a massa se acomoda ao perceber que já ganha o suficiente. Problema nisso? Sim. Não era para ser essa a única motivação.


     O que me move? A dúvida.


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