Conheço uma pessoa que, desde muito cedo, sempre utilizou-se das piores formas de se enriquecer. Ou parecia que procurava isso. Apesar de ter uma vida invejada por muitos, ser personagem de uma das histórias de amor que menos dá certo, este mundo não era o suficiente.
Somos dotados daquele nosso, maravilhosamente retratado em livros de jogos de interpretação, espírito de insatisfação. Estamos sempre fazendo algo que nos apraza da forma mais eficiente possível. Isto não é errado, afinal se Deus nos fez dessa forma, nada, mais justo do que exercer essa nossa capacidade. A luta começa quando precisamos adaptar essa forma hedonista de vida com alguma profissão. Afinal, poucas pessoas inventam o que querem ser quando crescer enquanto os outros se deformam para se encaixar em uma das alternativas existentes. Então deixamos nosso espírito inquieto trabalhar apenas depois do turno de trabalho.
Você aprendeu bem que isso é importante. |
Quando esta pessoa que conheço anunciava sua chegada, sempre era seguida de uma série de questionamentos sobre minhas roupas. Ela trazia peças de vestuário que
"Um mião na minha mão" [sic] |
A ganância faz crer que todos são gananciosos. Todos estão querendo nos passando para trás o tempo todo. Não têm amigos. Eles se esvaem na primeira oportunidade de arranjar companheiros melhores. Desenvolveram seus aparatos emocionais de forma dissociativa, onde ciúmes é manifestação de amor e não de posse. Que loucura é essa de comparar pessoas como se fossem coisas?
Essa pessoa que iniciei o texto mora com o esposo e é eventualmente visitada pelos filhos. Mas todos concordam que o fazem pelo afeto ao pai. Pela mãe, dificilmente moveriam uma palha. Ela nunca passou necessidade, apenas no passado longínquo do qual foi salva por este homem que a tomou por esposa. Desde então viveu como uma rainha mas nunca reconheceu. O amor é cego? Apesar de não acreditar que auto-ajuda seja tudo aquilo que dizem, uma máxima é real: o que plantamos, colhemos.
A ganância seca nossas sementes. Monetizamos nossos relacionamentos. Nos envolvemos por dinheiro tão somente. Não há mais santos. Nem aqueles que aparecem na outra face da moeda.
Nenhum comentário:
Postar um comentário