28 de dezembro de 2011

Você tem sonho de quê?



     Sou uma das últimas pessoas em meus círculos sociais que dão o devido valor aos sonhos. Não aquela ideia de sonhar com determinada pessoa ou animal e apostar no jogo do bicho que, segundo as últimas notícias, só ganharás se tiver apostado pouco em uma região pouco populosa do tabuleiro. Também não faço-me de profeta onde todos os sonhos se tornam realidade de forma literal. Percebo-os como um arranjo do meu subconsciente. Como se pudesse assistir fragmentos de minha pessoa decantando para o fundo de um oceano inconsciente.

     Uma espécie de filme que se constrói baseado em todos os caminhos mentais que percorremos durante o período em que estivemos acordado. Em dias que leio muito, percebo que meus sonhos se tornam muito mais detalhados, minha mente espera por situações que possa desenhar. Nos dias que jogo algo, geralmente sonho sobre situações em um universo paralelo onde determinada habilidade oriunda do jogo se manifesta em alguns humanos. Ou mesmo quando assisto filmes antes de dormir, sonho sobre histórias paralelas, possibilidades inexploradas e fins alternativos.

"Onde foi parar aquele R$1?"
     Imediatamente após acordar, eventualmente preciso fazer o que chamo de "Teste da Realidade" para ter certeza se acordei. Afinal diversas vezes já estava no caminho para a escola, ou até chegado na sala de aula, quando acordei devidamente. Diversas vezes. Aliás, também resolvi muitos dos problemas matemáticos propostos em aula, durante o sono. Lembro de uma vez encontrei três alternativas corretas de resolução de um único problema. A cada fragmento de sono interrompido por algum motivo, eu escrevia rápido em um bloco de papel minhas impressões sobre o sonho. Ao acordar, revisando os papéis, encontrei as tais soluções.

     Trate bem seus sonhos. Procure lembrá-los. Muitas vezes podem aparecer fragmentos de sua personalidade que está tentando, injustamente, afogar neste oceano. E para isso, já basta o resto do mundo.

     O famigerado "Teste de Realidade" se dá da seguinte maneira: colocar as mãos em algo frio como uma parede interna de um banheiro ou mesmo lavar o rosto. Em último caso, tente acender e apagar a luz. Sempre funciona - no mundo real.

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