12 de dezembro de 2011

Poesia: Verbos


     Durante a viagem da professora de português de meus alunos, acabei orientando as atividades desta língua durante meus períodos vagos na escola. Uma atividade era um poema composto apenas por verbos. E eu resolvi tentar. Vejamos:


Joguei, perdi, chorei;
Aprendi, vi, entendi;
Joguei, ganhei.


     Percebemos nesta pequena demonstração de minha capacidade de escrever, uma situação comum na vida das crianças. Inclusive o nome deste verso ainda quero criar. Um verbo que explique como funciona o espírito das crianças. Elas perdem e choram mas não se dão por vencidas.


     A próxima foi gerada em uma segunda aula, em um dia que estava um pouco mais triste. Não comemoro aniversários, apenas algumas datas me lembram pequenas situações. E a data em que se perde alguém querido, não há como não lembrar a cada ano. Aniversários funcionam de uma forma inversa, comemoramos a chegada. Bem, vejamos:


Amei, morreu, chorei;
Amei, partiu, sofri;
Amei, sofri, compreendi:
amou, sorriu, partiu.


     Vemos o poder das palavras quando elas transcendem a função de reservar fonemas em símbolos. Da compreensão profunda do ciclo da vida.


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