23 de outubro de 2011

Eu deveria ter feito belas artes.

 
     Como já devem ter percebido, ou talvez leram em algum lugar, eu sou um cara das exatas. Mais precisamente matemática. Isso mesmo. Nada de diversas interpretações, subjetivismo, orações subordinadas adversativas, perscrutar os níveis de felicidade humana ou entender o motivo pelo qual perspectiva é tão importante símbolo renascentista. Ou até se determinada situação é legal ou apenas legal. Isso em momento algum impede que eu faça comentários sobre a vida, o universo e tudo mais e não necessariamente gere apenas um número.


Auto-retrato
     Um fato que me entristece grandemente é que durante o ensino fundamental tive péssimos professores de artes. Só vim descobrir o que era artes quando já era tarde demais. Não sou contra aos desenhos livres com cores primárias mas, infelizmente, foi o que fiz durante uns três anos. Não houve geometria, brincar com régua e compasso, história da arte, mostra de artes ou semelhantes. E isso eu entendo cada vez melhor. Afinal, assim como ensino religioso, apesar de carregar esse nome funesto, é carregado por pessoas despreparadas.


Sempre escolhi o bulbassauro
     Não sou contra a meritocracia. Aliás, há poucas coisas as quais sou contra. Meus problemas sempre são com outras duas coisas: onde é o limite e quem irá julgar. Por exemplo, durante uma apresentação de trabalho sobre psicopatia, assunto levantado por uma acadêmica das ciências naturais biológicas, ela dizia formas sobre identificar um psicopata. E eu fiquei preocupado pois muitas atitudes consideradas naturais podem indicar, quando bem analisadas, traços de psicopatia. Seria muito bom ter professores sendo avaliados e melhorando de condição conforme melhoram suas práticas mas quem julga isso geralmente é psicopata. Logo, não há como tornar isto real hoje.


A nave em que viajei na minha infância
     Ao longo deste texto há desenhos meus que fiz atrás de um "espelho", um documento da escola onde trabalho que me avisa quando foi que trabalhei. Após encerrar este processo, tratei de dar utilidade para a parte em branco das folhas. Mas não se preocupem, é apenas uma cópia. O espelho original está bem guardado na sala da supervisão escolar. Nunca faria uma coisa dessas em um documento... Quer dizer.


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